Apesar do crescimento dos pagamentos digitais, os cheques continuam sendo usados em transações específicas e de alto valor. Por serem documentos financeiros e jurídicos, saber como preenchê-los corretamente não é apenas uma questão de organização, mas também de segurança, evitando problemas como recusas, devoluções ou até fraudes.
O cheque é um instrumento financeiro emitido por correntistas para realizar pagamentos de forma segura e formal. Quando você emite um cheque, está autorizando o banco a transferir um determinado valor da sua conta para o beneficiário indicado no documento.
Mesmo com a popularização de tecnologias como PIX e cartões de crédito, o cheque ainda tem seu lugar em transações que demandam maior formalidade, como compras de imóveis, pagamentos a fornecedores ou até em localidades com acesso limitado a internet. Além disso, o cheque funciona como um registro escrito e jurídico, útil para comprovar pagamentos em eventuais disputas legais.
Outro fator importante é que o cheque não depende de conectividade instantânea, sendo uma opção viável para quem precisa realizar transações de maior valor em ambientes offline. Em situações onde o crédito digital não é aceito, o cheque continua sendo uma alternativa confiável.
Para usar um cheque corretamente, é fundamental conhecer os diferentes tipos disponíveis. Cada modalidade possui características específicas que impactam sua segurança e o modo como pode ser usado. Veja os principais tipos:
O cheque ao portador é aquele que pode ser sacado por qualquer pessoa que o apresente ao banco, sem a necessidade de identificar um beneficiário específico. No entanto, essa modalidade tem algumas restrições: valores acima de R$ 100,00 obrigatoriamente devem ser nominais, ou seja, indicar o nome de quem vai recebê-lo. Esse tipo de cheque é ideal para pagamentos rápidos e de menor valor.
O cheque nominal é emitido com o nome do beneficiário escrito no documento, o que garante maior segurança. Apenas a pessoa ou empresa indicada poderá receber o valor, seja por depósito em conta ou saque. Essa modalidade é recomendada em transações onde você deseja ter um maior controle sobre quem receberá o pagamento.
O cruzamento de cheques é uma prática que aumenta a segurança do documento. Ao desenhar dois traços paralelos na frente do cheque, ele só poderá ser depositado em conta bancária, impedindo saques no caixa. Essa é uma escolha comum quando o beneficiário é pouco conhecido ou em pagamentos de valores altos.
O cheque pré-datado é aquele em que o emitente combina uma data futura para compensação, geralmente utilizado em transações parceladas ou negociações comerciais. Vale lembrar que, embora amplamente aceito, o pré-datado não tem regulamentação específica, o que significa que o beneficiário pode depositá-lo antes da data combinada. Portanto, só use essa modalidade com pessoas ou empresas de confiança.
Essa modalidade proíbe que o cheque seja transferido para outra pessoa através de endosso. Para torná-lo “não à ordem”, basta escrever expressões como “não-transferível” ou “proibido o endosso” após o nome do beneficiário. Essa é uma opção interessante para evitar que o cheque seja negociado ou repassado a terceiros.
A escolha depende da situação. Para pagamentos de confiança, o nominal simples pode ser suficiente. Para transações mais formais ou com valores altos, o cruzado ou não à ordem é mais seguro.
Preencher um cheque de maneira correta é essencial para que ele seja aceito e compensado sem problemas. Siga este passo a passo detalhado:
Erros simples podem invalidar um cheque ou gerar desconfortos desnecessários. Aqui estão os erros mais comuns e dicas práticas para evitá-los:
Por se tratar de um documento sensível, é fundamental tomar precauções para proteger seus cheques. Veja algumas práticas recomendadas:
Em caso de perda ou roubo, informe imediatamente ao banco e solicite a sustação do cheque. Isso protege contra o uso indevido.
Se um cheque for perdido ou roubado, as ações rápidas são essenciais para evitar prejuízos. Primeiro, entre em contato com o banco para registrar a ocorrência e solicitar a sustação do cheque. Isso impede que ele seja utilizado por terceiros.
Além disso, registre um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima. Esse documento pode ser necessário para comprovar a situação junto ao banco ou ao beneficiário, especialmente se o cheque já estiver preenchido.
No caso de talões roubados, peça ao banco para substituir o talonário e reemita cheques pendentes, quando aplicável.
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