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Como preencher cheques corretamente e evitar erros

Aprenda os principais tipos de cheques, técnicas de preenchimento e cuidados essenciais para garantir segurança nas transações.

17/11/2024
5 min de leitura

Apesar do crescimento dos pagamentos digitais, os cheques continuam sendo usados em transações específicas e de alto valor. Por serem documentos financeiros e jurídicos, saber como preenchê-los corretamente não é apenas uma questão de organização, mas também de segurança, evitando problemas como recusas, devoluções ou até fraudes.

O que é um cheque e por que ele ainda é relevante?

O cheque é um instrumento financeiro emitido por correntistas para realizar pagamentos de forma segura e formal. Quando você emite um cheque, está autorizando o banco a transferir um determinado valor da sua conta para o beneficiário indicado no documento.

Mesmo com a popularização de tecnologias como PIX e cartões de crédito, o cheque ainda tem seu lugar em transações que demandam maior formalidade, como compras de imóveis, pagamentos a fornecedores ou até em localidades com acesso limitado a internet. Além disso, o cheque funciona como um registro escrito e jurídico, útil para comprovar pagamentos em eventuais disputas legais.

Outro fator importante é que o cheque não depende de conectividade instantânea, sendo uma opção viável para quem precisa realizar transações de maior valor em ambientes offline. Em situações onde o crédito digital não é aceito, o cheque continua sendo uma alternativa confiável.

Conheça os tipos de cheques e quando utilizá-los

Para usar um cheque corretamente, é fundamental conhecer os diferentes tipos disponíveis. Cada modalidade possui características específicas que impactam sua segurança e o modo como pode ser usado. Veja os principais tipos:

Cheque ao portador

O cheque ao portador é aquele que pode ser sacado por qualquer pessoa que o apresente ao banco, sem a necessidade de identificar um beneficiário específico. No entanto, essa modalidade tem algumas restrições: valores acima de R$ 100,00 obrigatoriamente devem ser nominais, ou seja, indicar o nome de quem vai recebê-lo. Esse tipo de cheque é ideal para pagamentos rápidos e de menor valor.

Cheque nominal

O cheque nominal é emitido com o nome do beneficiário escrito no documento, o que garante maior segurança. Apenas a pessoa ou empresa indicada poderá receber o valor, seja por depósito em conta ou saque. Essa modalidade é recomendada em transações onde você deseja ter um maior controle sobre quem receberá o pagamento.

Cheque cruzado

O cruzamento de cheques é uma prática que aumenta a segurança do documento. Ao desenhar dois traços paralelos na frente do cheque, ele só poderá ser depositado em conta bancária, impedindo saques no caixa. Essa é uma escolha comum quando o beneficiário é pouco conhecido ou em pagamentos de valores altos.

Cheque pré-datado

O cheque pré-datado é aquele em que o emitente combina uma data futura para compensação, geralmente utilizado em transações parceladas ou negociações comerciais. Vale lembrar que, embora amplamente aceito, o pré-datado não tem regulamentação específica, o que significa que o beneficiário pode depositá-lo antes da data combinada. Portanto, só use essa modalidade com pessoas ou empresas de confiança.

Cheque não à ordem

Essa modalidade proíbe que o cheque seja transferido para outra pessoa através de endosso. Para torná-lo “não à ordem”, basta escrever expressões como “não-transferível” ou “proibido o endosso” após o nome do beneficiário. Essa é uma opção interessante para evitar que o cheque seja negociado ou repassado a terceiros.

Como escolher o tipo ideal de cheque?

A escolha depende da situação. Para pagamentos de confiança, o nominal simples pode ser suficiente. Para transações mais formais ou com valores altos, o cruzado ou não à ordem é mais seguro.

Passo a passo completo para preencher um cheque

Preencher um cheque de maneira correta é essencial para que ele seja aceito e compensado sem problemas. Siga este passo a passo detalhado:

  1. Preencha o valor em números:
    No campo “R$”, escreva o valor numérico. Por exemplo, se o valor for 1.200 reais e 50 centavos, insira “R$ 1.200,50”. Use sempre o símbolo “R$” e evite rasuras.
  2. Escreva o valor por extenso:
    No campo “Pague por este cheque a quantia de”, escreva o valor completo por extenso. Inclua a palavra “reais” e os centavos. Exemplo: “Mil e duzentos reais e cinquenta centavos”. Faça um traço no espaço restante para evitar alterações.
  3. Indique o beneficiário:
    Escreva o nome completo da pessoa ou empresa que receberá o pagamento. Certifique-se de que está correto, pois erros aqui podem causar problemas na compensação.
  4. Adicione local e data:
    No campo reservado, insira a cidade e a data de emissão do cheque. Exemplo: “São Paulo, 17 de novembro de 2024”.
  5. Finalize com sua assinatura:
    Assine no campo indicado, utilizando a mesma assinatura cadastrada no banco. Qualquer diferença pode fazer com que o cheque seja recusado.

Erros comuns ao preencher cheques (e como evitá-los)

Erros simples podem invalidar um cheque ou gerar desconfortos desnecessários. Aqui estão os erros mais comuns e dicas práticas para evitá-los:

  • Preencher o valor por extenso de forma diferente do valor em números. Sempre revise os dois campos antes de assinar.
  • Deixar espaços em branco no preenchimento. Complete os campos com traços para evitar fraudes.
  • Usar canetas que possam ser apagadas. Opte por canetas esferográficas de tinta azul ou preta e evite usar canetas de terceiros.
  • Esquecer de conferir a data. Trocar o ano, especialmente em mudanças de calendário, é um erro muito comum.

Como garantir segurança máxima no uso de cheques

Por se tratar de um documento sensível, é fundamental tomar precauções para proteger seus cheques. Veja algumas práticas recomendadas:

  • Sempre guarde talões de cheques em locais seguros, longe de terceiros.
  • Evite carregar o talão inteiro com você; leve apenas as folhas necessárias.
  • Se possível, utilize cheques cruzados para maior segurança.
  • Registre todas as transações no canhoto, mantendo um controle financeiro eficiente.
  • Não assine folhas em branco e nunca aceite preencher cheques sob pressão de terceiros.

Cheque roubado ou perdido?

Em caso de perda ou roubo, informe imediatamente ao banco e solicite a sustação do cheque. Isso protege contra o uso indevido.

O que fazer em caso de cheque perdido ou roubado?

Se um cheque for perdido ou roubado, as ações rápidas são essenciais para evitar prejuízos. Primeiro, entre em contato com o banco para registrar a ocorrência e solicitar a sustação do cheque. Isso impede que ele seja utilizado por terceiros.

Além disso, registre um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima. Esse documento pode ser necessário para comprovar a situação junto ao banco ou ao beneficiário, especialmente se o cheque já estiver preenchido.

No caso de talões roubados, peça ao banco para substituir o talonário e reemita cheques pendentes, quando aplicável.

Perguntas frequentes sobre cheques

O que acontece se um cheque for preenchido com erro?

Se o cheque contiver erros, como rasuras ou dados inconsistentes, ele pode ser devolvido pelo banco, causando atrasos no pagamento. Sempre revise as informações antes de emitir.

É possível cancelar um cheque já emitido?

Sim, desde que o cheque não tenha sido compensado. Entre em contato com o banco e solicite a sustação. Você precisará justificar o cancelamento.

O banco pode recusar um cheque por diferença na assinatura?

Sim. A assinatura no cheque deve ser idêntica à registrada no banco. Qualquer diferença pode levar à recusa do documento.

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